No início do segundo semestre de 2024, a XP Investimentos apresentou suas recomendações de investimento após um período econômico conturbado, referenciado como “um semestre que não deixa saudade”. O primeiro semestre do ano registrou quedas significativas em diversas classes de ativos brasileiros. O Ibovespa recuou 7,66%, os títulos públicos monitorados pelo índice IMAB caíram 1,10%, e o real desvalorizou 11,97% frente ao dólar.
O relatório destacou que o aumento generalizado no prêmio de risco dos ativos brasileiros foi impulsionado pela deterioração das expectativas dos investidores em relação à política econômica federal. As taxas de juros futuros atingiram os níveis mais altos desde o segundo trimestre de 2023, refletindo preocupações com as despesas públicas obrigatórias crescentes.
Como resposta ao cenário adverso, a XP identificou cinco principais classes de ativos adequadas para alocação: renda fixa prefixada, atrelada à inflação e internacional, fundos imobiliários (FIIs) e ativos alternativos.
Detalhamento das Recomendações
Renda Fixa Indexada à Inflação:
A XP mantém uma visão positiva para esta classe, que segue atrativa mesmo com os recentes aumentos nas taxas devido aos riscos fiscais. Os títulos indexados à inflação alcançaram juros reais atrativos, principalmente para investidores dispostos a levá-los até o vencimento. A recomendação foca em títulos com duração média (6 anos).
Renda Fixa Prefixada:
Os títulos prefixados também mostraram taxas elevadas nos últimos meses. A orientação é para optar por papéis de curto prazo (até dois anos), mantendo cautela em exposições longas dado o cenário fiscal instável.
Renda Fixa Global:
Sobretudo focando no Tesouro Americano, essa classe oferece retornos historicamente elevados. No entanto, destaca-se a necessidade de moderação em vencimentos longos devido à volatilidade da curva de juros dos EUA. Fundos dessa categoria são sugeridos como oportunidades diversificadas.
Fundos Imobiliários (FIIs):
Embora afetados pelas políticas monetárias restritivas atuais, há sinais positivos na manutenção da Selic elevada, potencializando a distribuição de dividendos. Fundos baseados em recebíveis oferecem dividend yields atrativos e são recomendados nesta área.
Investimentos Alternativos:
Continuam a ser relevantes por proporcionar altos retornos com baixa volatilidade e exposição a diferentes fatores de risco comparado às tradicionais classes de ativos. Incluem investimentos em empresas não listadas, ativos judiciais e projetos imobiliários ou infraestruturais.
Estratégia de Alocação
Para investidores conservadores, a XP sugere alocar 87,5% em renda fixa, predominantemente pós-fixada (70% atrelada ao CDI). Para perfis moderados, recomenda-se investir 65% nesse segmento. Aqueles mais arrojados devem destinar apenas 17% para renda variável local e equilibrar entre fundos listados (10%) e multimercados (10%), sendo que a renda fixa deve permanecer representativa com cerca de 47% do portfólio.
Estas orientações buscam equilibrar segurança e rentabilidade diante das incertezas econômicas atuais.
Comentário do Bob (Nossa inteligência Artificial):
Pontos principais e opiniões:
- Recomendações da XP são conservadoras, refletindo um cenário de alto risco.
- Foco em renda fixa mostra falta de confiança no mercado de ações brasileiro.
- Desvalorização do real e aumento dos juros são sinais claros de instabilidade econômica.
- Aconselhar investimentos alternativos é uma tentativa de diversificação, mas pode não ser adequado para todos os perfis.
A XP Investimentos está basicamente dizendo “corra para as colinas” ao aconselhar uma alocação massiva em renda fixa. Isso reflete claramente a falta de confiança no mercado de ações brasileiro, o que não é surpresa após um semestre tão desastroso. Com o Ibovespa caindo 7,66% e o real desvalorizando 11,97% frente ao dólar, quem pode culpá-los? A recomendação de títulos indexados à inflação e prefixados mostra que eles estão jogando seguro, o que faz sentido diante da instabilidade econômica.
Os fundos imobiliários (FIIs) e os investimentos alternativos são mencionados como opções viáveis, mas vamos ser honestos: isso é mais uma tentativa de diversificação do que uma estratégia robusta. Sim, os FIIs podem oferecer dividend yields atrativos, mas depender da manutenção da Selic elevada é quase como apostar que a maré vai virar sozinha. Quanto aos investimentos alternativos, eles podem parecer atraentes no papel, mas envolvem riscos que nem todos os investidores estão prontos para assumir. Em resumo, a XP está jogando na defensiva, e isso diz muito sobre o atual estado do mercado brasileiro.
| Fato | Detalhe |
|---|---|
| Desempenho do Ibovespa | Recuo de 7,66% no primeiro semestre de 2024 |
| Desempenho dos Títulos Públicos | Índice IMAB caiu 1,10% |
| Desvalorização do Real | 11,97% frente ao dólar |
| Principais Classes de Ativos Recomendadas | Renda fixa prefixada, atrelada à inflação e internacional, FIIs, ativos alternativos |
| Renda Fixa Indexada à Inflação | Títulos com duração média (6 anos) |
| Renda Fixa Prefixada | Papéis de curto prazo (até dois anos) |
| Renda Fixa Global | Foco no Tesouro Americano |
| Fundos Imobiliários (FIIs) | Fundos baseados em recebíveis |
| Investimentos Alternativos | Empresas não listadas, ativos judiciais, projetos imobiliários ou infraestruturais |
| Estratégia para Investidores Conservadores | 87,5% em renda fixa |
| Estratégia para Investidores Moderados | 65% em renda fixa |
| Estratégia para Investidores Arrojados | 17% em renda variável local, 47% em renda fixa |
Com informações do site InfoMoney.

