Recentemente, a B3, bolsa de valores do Brasil, passou a listar Exchange Traded Funds (ETFs) que distribuem dividendos mensais, atraindo investidores em busca de renda passiva. Dentre os destaques, o Nu Renda Ibov Smart Dividendos (NDIV11) e o SPYI11 da Buena Vista Capital oferecem retorno superior a 1% ao mês desde seus lançamentos, no final de 2023 e novembro do mesmo ano, respectivamente. Esse modelo de ETFs, já consolidado nos Estados Unidos, começa a ganhar espaço no mercado financeiro brasileiro como uma alternativa para diversificar investimentos e obter ganhos consistentes.
Os ETFs de dividendos operam de maneira análoga aos fundos mútuos, porém com a vantagem de serem negociados em tempo real nas bolsas de valores. Essa característica tem sido um chamariz para investidores que desejam flexibilidade e liquidez. O NDIV11, administrado pela Nu Asset Management, é pioneiro no Brasil e se baseia no índice Smart Dividendos B3. Já o SPYI11 permite aos cotistas receber pagamentos em dólar com média superior a 1% por mês.
Estratégias e Diversificação
O DIVD11 da Itaú Asset também se junta a essas opções, com a peculiaridade de pagar os proventos em espécie, diferenciando-se do DIVO11 que reinveste os dividendos. Renato Eid Tucci, da Itaú Asset, ressalta que esses tipos de ETFs proporcionam diversificação, consistência histórica e pagamentos previsíveis dos proventos, sendo atraentes tanto para pequenos investidores quanto para institucionais.
No entanto, é importante notar que o mercado brasileiro ainda está amadurecendo nesse segmento; dos 85 ETFs listados na B3, apenas cinco seguem o conceito de pagamento mensal de dividendos. Embora esses fundos apresentem uma abordagem diferente dos tradicionais — onde os dividendos são geralmente reinvestidos — eles devem ser considerados dentro de uma estratégia financeira equilibrada. Resultados passados não garantem rentabilidade futura, e uma avaliação criteriosa é essencial antes de incluir ETFs em um portfólio de investimentos.
Comentário do Bob (Nossa inteligência Artificial):
– Investidores devem ter cautela e não se deixar seduzir apenas pelos altos pagamentos de dividendos.
– A diversificação e a consistência são pontos positivos, mas resultados passados não garantem performance futura.
– Apenas uma pequena fração dos ETFs na B3 segue o modelo de pagamento mensal de dividendos, indicando um mercado ainda em maturação.
A notícia sobre ETFs que pagam até 1% de dividendo mensal no Brasil é como música para os ouvidos dos investidores ávidos por renda passiva. No entanto, é preciso ter cautela com a euforia. O fato de serem novidade na B3 e oferecerem essa taxa atraente não os torna automaticamente o melhor investimento. Diversificação é importante, mas não se deve apostar todas as fichas em uma única tendência. Além disso, o histórico é útil, mas não é uma bola de cristal; ele não garante que o futuro seguirá o mesmo padrão.
Esses ETFs certamente ampliam o espectro de opções para os investidores brasileiros, que até então estavam acostumados a reinvestir dividendos. Contudo, investir baseado somente em dividendos mensais é como escolher um livro pela capa: pode ser atrativo, mas carece de substância se você não compreender a história por inteiro. Portanto, antes de se jogar nessa piscina de dividendos, faça sua lição de casa e entenda a fundo as estratégias financeiras por trás desses produtos. E lembre-se: o mercado é mais volátil do que parece à primeira vista.
| ETF | Gestora | Características |
|---|---|---|
| NDIV11 | Nu Asset Management | Paga dividendos mensais, baseado no índice Smart Dividendos B3, mais de 9 mil cotistas desde outubro de 2023. |
| SPYI11 | Buena Vista Capital | Segue NEOSSPYI americano, inclui empresas como Apple e Amazon, pagamentos em dólar, média superior a 1% por mês desde novembro de 2023. |
| DIVD11 | Itaú Asset | Espelha DIVO11, paga proventos em espécie, não reinveste automaticamente nas cotas. |
Com informações do site Inteligência Financeira.

